O que consome os Relacionamentos?
No início de todo relacionamento existe o respeito, o carinho
e a consideração para com o outro.
Levemente se conduzem, respeitando cada um seu espaço.
E pelo fato de o outro ser leve, ser amável e ‘livre’ é
que encontram o encanto, é que encontram uma agradável presença.
Envolvem-se! Passam a sair juntos, passam a dividir ainda mais
sensações.
Tudo vai bem. Tudo flui.
Mas, em determinado momento, algo começa a acontecer!
O que era leve a princípio passa a ser um pesado fardo!
O que era agradável passa a ser desagradável.
Obviamente depende de quem ‘cede’ aos caprichos do
outro.
E quando se está envolvido com alguém, lógico que se fazem
necessárias ‘algumas mudanças’, o ritmo muda, a vida
muda, mas, nada que deva impedir o outro de sua liberdade de ser! Afinal, o
‘jeito todo especial’ do outro é que atraiu para si tal companhia.
Depois de um certo tempo, o que poderia continuar sendo ‘leve’, agradável, torna-se sufocante.
E o que torna um relacionamento sufocante?
A Cobrança!
Absurdas cobranças. Alguns até querem medir o amor do outro, o que é algo impossível de se fazer. É ultrapassar o limite do outro, não faz sentido. Cada um tem seu jeito de amar. Cada um dá o que tem!
Exigem um comportamento diferente, tentam restringir a real maneira
de ser do outro, o ‘ciúme excessivo’ começa a corroer
o relacionamento, cedendo espaço para a desconfiança e a insegurança.
O que antes era leveza, agora é algo ‘torturante’!
Por que agir assim? Se a princípio o outro se apaixonou
justamente pelo jeito de ser do outro?
Como querer mudar a Essência de uma pessoa?
Impossível. Um ‘molda-se’ ao outro se estes
se permitirem. Mas ao mesmo tempo, vão perdendo a individualidade sem
perceber.
Por outro lado, isso só acontece quando um cede. Num relacionamento,
sempre um é mais inseguro que o outro, ou seguro até demais, a
ponto de pensar que o outro jamais iria deixar de atender um pedido seu, referente
à ‘exigências em nome do amor’!
Começam as discussões, as desconfianças, a incansável cobrança... Julgando ser o ‘dono’ do outro, julgando que o outro é sua ‘propriedade’!
Isso é triste! Pois além de consumir a própria personalidade, agride o bem viver de ambos. Transformando um amor que poderia ser belo, num ciclo vicioso de cobranças.
Lágrimas! Dores! Acusações! E por fim, separações.
O saber amar o outro é fundamental para um bom relacionamento. Respeitando seu espaço, respeitando a sua privacidade, respeitando a sua individualidade. Não se pode ‘atropelar’ os sentimentos do outro em ‘nome do amor’. Não se pode afirmar que o outro lhe pertence, pois ninguém é de ninguém.
E com o passar do tempo, ambos percebem que foi um engano. Na verdade nunca foi, tinha tudo para dar certo, pois no início existia o Encanto do outro. A Liberdade de apenas Ser. E com o decorrer do relacionamento, os medos, a insegurança e os fantasmas que envolvem muitos relacionamentos é que sufocaram uma paixão, que poderia ser um Verdadeiro Amor.
Triste resultado do ego. Aquele que é movido pelo ego, que pensa que alguém lhe pertence, que não entende a individualidade, e que todos nascem e morrem sozinhos, e irão ficar consigo mesmos pela Eternidade. O que prova mais uma vez, que ninguém é de ninguém. Ninguém tem poder sobre o outro.
Seria tão mais fácil saber desfrutar dos bons momentos
sem absurdas cobranças, entendendo o outro como ele é, respeitando
seus anseios pessoais!
Você poderia dizer que se enganou a respeito e depois de algum tempo,
percebeu a Verdadeira face do outro...
Será mesmo?
O interessante é que no início tudo era paixão, tudo era
agradável, tudo era recíproco. E de repente, um distanciamento
tamanho que mal se ouvem, estando unidos apenas pelo ego.
Vale à pena fazer cobranças?
Vale à pena medir um amor?
Vale à pena julgar o comportamento do outro?
Experimente tentar amar de maneira leve. Solte quando for preciso
e proteja suavemente. Sendo sempre você mesmo! Se este amor de fato ‘for
seu’, ele sempre ficará ao seu lado, se for embora, este voltará,
e para sempre ao seu lado irá querer viver.
Por quê?
Porque esta pessoa ama a sua Essência. Seu jeito de ser, e não
alguém que com o tempo mudou por ciúmes, cobranças e exigências
sem sentido.
Pense nisso!
Muito obrigada.
Um Beijo,
Gênice Suavi.